segunda-feira, 12 de setembro de 2011

BOLA DE CRISTAL


 BOLA DE CRISTAL 
 
Pela minha janela
Entram sombras obtusas
Fantásticas, disformes, confusas
Luar de Agosto no chão

Figuras desalinhadas
Corpos híbridos crescendo
Sereias emergindo das mágoas
Baloiçando-se no chão
No espaço tangente das águas
Como bola de cristal ardendo
Entre os dedos da minha mão.


Sonhos desassossegados
Ornados de nuances doiradas
Escapulindo-se assustados
Na noite por acontecer
Na adrenalina estonteante
De prosaísmos cansados
De amanhãs por viver.

Fecho os olhos!
Será sonho ou panaceia
Verdade ou invenção?
 Hoje é minha lua cheia
Como bola de cristal
Entre os dedos da minha mão.


Photo e poesia: José Manuel Alves




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