sábado, 26 de maio de 2012

Garganta de Loriga



A GARGANTA

A garganta que me espanta
Que me seduz e encanta
Na alternância das águas vagarosas
Serpenteando serenas
Como um rio de cristal
Ou revoltas como enfeitiçadas
Na pressa com que galgam afoitas os penhascos
Desenhando caminhos de incerteza
Em direção ao fundo
Extravasando os obstáculos que as prendem
Caindo inertes em cascatas  e bicarões
 Sobre as pedras mudas e disformes
Que as dividem e as encaminham  na ribeira.


Gélidas , e cristalinas
Descem pelas encostas
Entoando cânticos de notas  irrequietas
Rodopiando nas “piorcas”
Como moinhos de água mole
Desgastando a dureza das pedras
Abrindo inquietantes covas redondas
Profundas e arrepiantes 
Nas fragas que brilham com laivos de diamantes.
Quando o sol do meio-dia
Incide sobre a mica e o quartzo do granito.

 Perdem-se os nossos olhos no espanto
Do encanto que nos atrai e conquista
Sempre que olhamos a garganta.
Seja de cima ou de baixo
Silenciosa e bela
Convidando-nos a segui-la.

Photo e poesia - José Manuel Alves

PRAIA FLUVIAL DE LORIGA


Praia Fluvial de  Loriga

sábado, 19 de maio de 2012

Belém


BELÉM


ANCORA

Crescem meus temores na ansiedade
Capaz de submergir meu pranto
Matando o invulgar aconchego
Do teu coração ancorado
No meu espírito.
Esta inércia de pensar
Este desassossego do olhar
Este esmolar de paz
No ímpeto da brandura plácida
Deste mar de pensamentos.

No místico dos caminhos
Profetizam esperanças
Meus olhos magoados
Numa cegueira bendita
Sem culpas inquisidoras.
Lanço a mão à âncora cansada
De prender meus anseios.
Já pouco me resta para ver
Neste mar sem fundo
Que a corrente rasga
Ate a âncora prender no lodo
o barco da minha vida
A esmo e náufrago
De ideias Vazias.

foto e poesia:
 José Manuel Alves

O Farol


O FAROL


sábado, 5 de maio de 2012

INSECTOS E FLORES


          
                                                                      




INSECTOS E FLORES