quarta-feira, 25 de setembro de 2013

HORIZONTES



HORIZONTE E PENSAMENTOS

No estertor da linha do horizonte
Acenderia o pavio de uma vela
Sobre um muro de calhaus silvestres
Iluminando o incomensurável mais além.

Respiro a incerteza na tranquila distância
Como um sopro silencioso dilatando as pupilas
Dos meus olhos moldados
Ao limiar da fronteira arredondada do teu corpo
Na tangência dum abraço adiado

No ignóbil fosso entre a espuma e a areia
Por cada lagrima repousada invento uma árvore
Escrevo no tronco um arabesco arquitetado de esperança.
E o horizonte inclina-se em reverência
Á ébria tontura do meu olhar

Adivinho o respirar do vento
Quando as mágoas se adensam num presságio de tempestade
Tudo acabará na corrente das águas
Atropelando-se pela primazia de se escapulirem
Pelas brechas da calçada.

O coração confundido
Desce como o céu arqueado sobre o infinito
Cortado em flecha pela penumbra indecisa
Das tuas mãos arredadas
Cobrindo de repouso as nossas bocas
Inconsoladas de palavras.

Autor
José Manuel Alves









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