segunda-feira, 29 de julho de 2013

Fontão - Loriga





FONTÃO



Pérola perdida

No silêncio da serra

Ali…

Onde o xisto se ergue majestoso

Nas formas irrequietas

Das casas do caminho.



A natureza é a única rainha

Que de verde se refresca

Nas calmas águas

Que correm no ribeiro e nos campos.



O vento agitando as folhas

No Barbo dos Lobos

É a única melodia que se escuta

Como um grito plangente

Do progresso que morreu

Cansado que estava

De galgar socalcos verdejantes e soalheiros.



Fui ao Fontão e voltei!

Mas deixei lá plantado o meu olhar de tristeza

Deambulando pelo passado esquecido

Escrito em dias de glória

Quando o risos das crianças

Ainda se ouviam

Pelos becos e ruas estreitas

Desenhadas em socalcos

Na lógica inventiva do povo simples.



Fui ao Fontão e voltei apaixonado

Pela beleza pura das aldeias da nossa terra.



Autor: José Manuel Alves




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