sábado, 8 de dezembro de 2012

DA MINHA JANELA



É SEMPRE MADRUGADA

É sempre Madrugada
Quando falamos de amor
Como uma flor desabrochando
Num corpo de segredo

È sempre madrugada

Quando o dia acorda
No soluçar da voz
Trauteando mágoas
Pautadas em arrepios 
Enquanto no  horizonte
Esvoaçam as letras
Com que escrevemos saudade
Sempre que num curto lampejo
Os teus olhos me golpeiam de tentações
E se refugiam nas sombras da calçada.

O amanhecer

É um silêncio magoado
Entre os abraços fugidios
E os beijos fortuitos dos amantes
Emparedados na incerteza do tempo
Afgogados nos rios  de ilusões.

O amanhecer

É como uma esmola feiticeira
Guardada com avareza, à cautela
Sempre que falamos de amor
E nos perdemos em delírios
Num corpo de segredo.

Autor: José Manuel Alves


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