sábado, 19 de maio de 2012

Belém


BELÉM


ANCORA

Crescem meus temores na ansiedade
Capaz de submergir meu pranto
Matando o invulgar aconchego
Do teu coração ancorado
No meu espírito.
Esta inércia de pensar
Este desassossego do olhar
Este esmolar de paz
No ímpeto da brandura plácida
Deste mar de pensamentos.

No místico dos caminhos
Profetizam esperanças
Meus olhos magoados
Numa cegueira bendita
Sem culpas inquisidoras.
Lanço a mão à âncora cansada
De prender meus anseios.
Já pouco me resta para ver
Neste mar sem fundo
Que a corrente rasga
Ate a âncora prender no lodo
o barco da minha vida
A esmo e náufrago
De ideias Vazias.

foto e poesia:
 José Manuel Alves

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