quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

MAR DE ESPERANÇA



ANCORA

Crescem meus temores na ansiedade

Capaz de submergir meu pranto
Matando o invulgar aconchego
Do teu coração ancorado
No meu espírito.

Esta inércia de pensar

Este desassossego do olhar
Este esmolar de paz
No ímpeto da brandura plácida
Deste mar de pensamentos.

Meus olhos magoados

Profetizam esperanças
Em místicos caminhos
Numa cegueira bendita
Sem culpas inquisidoras.

Lanço a mão à âncora

Cansada de prender meus anseios.
Já pouco me resta para ver
Neste mar sem fundo
Que a corrente rasga
Ate prender no lodo
o barco da vida vida
A esmo e náufrago
Na tempestade
De palavras vazias.

Photos e poesias:  José Manuel Alves

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