sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

A SILHUETA


SILHUETA

SILHUETA


Sombras gotejam do dia em declínio
Embaciando de negro
O suave arredondado da acalmia das águas

Meus olhos perdem-se na silhueta!

Escultura sinuosa de formas soltas
Desenhadas na contra-luz

Saboreio lentamente o horizonte

Numa exuberância lasciva
Como um vulcão de desejo
Como um vulcão invertido
Explodindo dos céus.

Somo as horas

Indiferente ao Outono
E à silhueta de tranças desgrenhadas
Teimosamente esculpida
Na sensibilidade do meu olhar.

Photo e poesia: José Manuel Alves

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