quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

ORQUÍDEA BRANCA



MÃOS DE ORQUÍDEAS BRANCAS

As tuas mãos de orquídeas brancas

Sãs nuvens inalcançáveis
Ao sabor do vento!
Belas e fugidias!
Ao mesmo tempo grandes e pequenas
Do tamanho preciso
Dos meus pensamentos.

O que está errado no silêncio

Das frases engolidas
Quando me crescem no olhar
As linhas suaves e compreensivas
Do teu sorriso??

Sonhar é um desafio

Mágico e ousado
De cabeça perdida algures
No corredor das vontades.

Se a memória se resta queda

em quarto crescente,
Arrasta e torna duradoura a preguiça
De ir apagando mágoas
Reescrevendo novos tempos
De alegrias fingidas.

Mas as tuas mãos são sempre

Um barco de orquídeas brancas
Como um farol intenso
Rasgando de improviso
Palavras reescritas
Num oceano de destinos impossíveis.

Photo e Poesia

José Manuel Alves

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