quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A MINHA MIRAGEM


A MINHA MIRAGEM

Olhei e não acreditei…

O coração revolto na irreal visão
Do azul que se espraiava na retina
Como extensas mãos suaves de menina
Ali tão perto nas margens da minha mão

Olhei surpreso e céptico

O incrível quadro, Benedito
As linhas em desvario serpenteando
Ali descendo, mais além se elevando
No surreal carrossel do infinito

Quem será capaz?

Quem poderá ter a ousadia, a insolência
Pensar que pode desvendar a natureza
E afirmar-se como dono da certeza
De que tudo se explica na lógica da ciência.

Ninguém me respondeu!

Fixei a objectiva na paisagem
Quis guardar aquele instante, o momento!
Na minha cabeça persistia ainda o pensamento
Será tudo real ou uma miragem?


Photo e poesia: José Manuel Alves

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