sábado, 8 de outubro de 2011

RUINAS DA IGREJA













RUINAS DA IGREJA

Quem te disse que a vida é eterna flor

Quem sobre ti escreveu eternidade
Quem te revestiu de árvores de saudade
Alguém que nunca soube o que é o amor

Crescem-te nas entranhas vivas flores

Que Na Primavera espreitam à janela
Como querendo prostrar-se na lapela
Dos que passam indiferentes à tua dor

Quem te abandonou? Que importa?

O Inverno já espreitou a tua porta
Não é a vida um constante derrubar?

Outrora eras Igreja, eras menina

Hoje o teu destino é a ruína
Ruindo… ruindo até tombar.

Foto/Poesia: José Manuel Alves

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