O TELEFÉRICO
Sempre em contínuo vai vém
O teleférico num instante
Vai daqui até além.
Como asas de condor
Voam rasantes a paisagem
Presos aos cabos com vigor
Nas torres e na ancoragem
Os corações a galope
Baloiçam no movimento
Descompassados, a trote
Nas ousadias do vento
Com um olhar cadavérico
Entre o medo da viagem
No compartimento esférico
Inventamos a coragem
No vagaroso vai vem
Em movimento genérico
Depressa estamos no além
Inteiros no teleférico.
Autoria. José Manuel Alves
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