MOINHO
Moinho pequenino
Onde as saudades ainda se afogam
No eterno cantar das águas
Sobre as fragas da ribeira.
Moinho de pedra dura
De tantas horas de luta
Sobre a mó girando… girando
Em círculos perfeitos e cegos
Escrevendo em cada grão
A história incomensurável
De uma vida finada.
Quando a ribeira se cala
Ainda se ouvem na tua sombra
As vozes das crianças felizes
Que junto a ti semeavam
Sorrisos de Brincadeiras inocentes.
Moinho pequenino
És agora tão grande!
Tão grande no meu olhar
Que não paro de cismar
Sempre que me encontro
Entre as folhas vivas
Do teu livro de memórias.
Photo e Poesia:
José Manuel Alves
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