MUSICA - FOTOGRAFIA - POESIA * Fotografia em: http://josalvespt.podiumfoto.com/ * www.olhares.com/josalvespt
terça-feira, 29 de novembro de 2011
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
MAR ETERNO
MAR ETERNO
Olhei o mar
E pus-me a pensar
E se não houvesse mar
E se o mar não nos desse que pensar
E se, ao pensar no mar
Me perdesse de o olhar
O que veria em seu lugar?
Recostei-me no lugar
E desisti de pensar
Não fosse, de tanto divagar
Acabar por cair
No mar.
Photo e poesia: José Manuel Alves
terça-feira, 22 de novembro de 2011
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
sábado, 19 de novembro de 2011
NEMO
REFÚGIO
Tantas vezes fujo de mim
Refugio-me nos teus braços
Num reconfortante mudo abraço
Flor ensolarada num jardim
No quadro da vida, a fino traço
Se disfarça a dor, a incerteza
Como um enorme sorriso de palhaço
Pintado num rosto de tristeza.
Tantas vezes fujo e enfim
Mesmo sem te procurar
Encontro-te dentro de mim
Em rimas do verbo amar
Foto e poesia: José Manuel Alves
LONTRA
A LONTRA
Sou mamífero
Veloz a nadar
Sou carnívora
E sei guinchar.
Pele bonita e cobiçada
Por quem não tem coração
Deixo aqui o meu alerta
Estou em vias de extinção.
Photo e Poesia: José Manuel Alves
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
HOBNOB - IN LISBOA
http://www.youtube.com/watch?v=xzJe-Dkg2hE
HOBNOB - Agrupamento Musical
Formaçao - Guitarrista/Voz - Luis Migueis * Guitarrista/Voz -Ze Migueis * Baterista - Morais * Baixo -Joao Manuel * Teclista - Jose Manuel
HOBNOB - Agrupamento Musical
Formaçao - Guitarrista/Voz - Luis Migueis * Guitarrista/Voz -Ze Migueis * Baterista - Morais * Baixo -Joao Manuel * Teclista - Jose Manuel
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
MOINHO RENOVADO
O MOINHO
Meu moinho renovado
Já não móis os cereais.
Paredes, e pouco mais
È o teu sonho transformado
Onde estão as tuas velas
Enfunadas à tardinha
Brancas, da cor da farinha
Sempre alvas, sempre belas
Onde está o teu moleiro
Vergado ao peso da vida
Arrastando-se na lida
Sol a sol o dia inteiro
Meu moinho renovado
Espreitando ao longe o Tejo
Fecho os olhos e que vejo?
A tua glória! o teu passado
Photo e poesia -
José Manuel Alves
Meu moinho renovado
Já não móis os cereais.
Paredes, e pouco mais
È o teu sonho transformado
Onde estão as tuas velas
Enfunadas à tardinha
Brancas, da cor da farinha
Sempre alvas, sempre belas
Onde está o teu moleiro
Vergado ao peso da vida
Arrastando-se na lida
Sol a sol o dia inteiro
Meu moinho renovado
Espreitando ao longe o Tejo
Fecho os olhos e que vejo?
A tua glória! o teu passado
Photo e poesia -
José Manuel Alves
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
RÉPTEIS
IGUANA
Descobri um animal
No meu quintal.
De exotismo requintado
Longa cauda, e assustador
Mais parecia retirado
Dum qualquer filme de terror.
Ou então daquele clássico
Que passa lá na TV
De nome Parque Jurássico
Que impressiona quem o vê.
Esverdeado e escamoso
Era afinal inofensivo
Até que o achei charmoso
Simpático e compassivo.
Como todos os animais
Esta espécime, a preservar
Neste mundo de incerteza
Repetir nunca é demais
É mais um a respeitar
Deixando que a natureza
Cumpra os seus ciclos vitais.
Photo e poesia:José Manuel Alves
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
A MINHA MIRAGEM
A MINHA MIRAGEM
Olhei e não acreditei…
O coração revolto na irreal visão
Do azul que se espraiava na retina
Como extensas mãos suaves de menina
Ali tão perto nas margens da minha mão
Olhei surpreso e céptico
O incrível quadro, Benedito
As linhas em desvario serpenteando
Ali descendo, mais além se elevando
No surreal carrossel do infinito
Quem será capaz?
Quem poderá ter a ousadia, a insolência
Pensar que pode desvendar a natureza
E afirmar-se como dono da certeza
De que tudo se explica na lógica da ciência.
Ninguém me respondeu!
Fixei a objectiva na paisagem
Quis guardar aquele instante, o momento!
Na minha cabeça persistia ainda o pensamento
Será tudo real ou uma miragem?
Photo e poesia: José Manuel Alves
Olhei e não acreditei…
O coração revolto na irreal visão
Do azul que se espraiava na retina
Como extensas mãos suaves de menina
Ali tão perto nas margens da minha mão
Olhei surpreso e céptico
O incrível quadro, Benedito
As linhas em desvario serpenteando
Ali descendo, mais além se elevando
No surreal carrossel do infinito
Quem será capaz?
Quem poderá ter a ousadia, a insolência
Pensar que pode desvendar a natureza
E afirmar-se como dono da certeza
De que tudo se explica na lógica da ciência.
Ninguém me respondeu!
Fixei a objectiva na paisagem
Quis guardar aquele instante, o momento!
Na minha cabeça persistia ainda o pensamento
Será tudo real ou uma miragem?
Photo e poesia: José Manuel Alves
terça-feira, 8 de novembro de 2011
O VELHO CAIS
O CAIS SAUDADE
Cada estaca é uma história
Cada história é uma lida
Cada lida é uma vitória
Cada vitória uma vida
Cada tronco é uma saudade
Cada saudade é partida
Cada partida é maldade
Cada adeus é despedida
Cada tábua é um soalho
Cada soalho um caminho
Cada caminho um atalho
Cada atalho é um espinho
Cada corda é um cansaço
Cada cansaço um gemido
Cada gemido um abraço
Cada abraço um sentido
Cada cais é uma lembrança
Cada lembrança uma dor
Cada dor é uma esperança
Cada esperança um amor.
Photo e Poesia: José Manuel AlvesCada estaca é uma história
Cada história é uma lida
Cada lida é uma vitória
Cada vitória uma vida
Cada tronco é uma saudade
Cada saudade é partida
Cada partida é maldade
Cada adeus é despedida
Cada tábua é um soalho
Cada soalho um caminho
Cada caminho um atalho
Cada atalho é um espinho
Cada corda é um cansaço
Cada cansaço um gemido
Cada gemido um abraço
Cada abraço um sentido
Cada cais é uma lembrança
Cada lembrança uma dor
Cada dor é uma esperança
Cada esperança um amor.
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
LORIGA - Açude
AÇUDE DE LORIGA
Glossário:
Dinqueiros - Nus * Caldeirão e Inferno - Poços emblemáticos com grande profundidade. * Carcódoa - Casca do pinheiro, facilmente trabalhada à mão. * Quelhas - Pequenas ruas.
MIÚDOS E HOMENS DE LORIGA
A fundura dos poços de Loriga
Mede-se pelos homens que encobrem
Enquanto os miúdos, “dinqueiros”
Secam estirados ao sol
Sobre as fragas de granito polido
As ribeiras não têm segredos!
Eles conhecem-na como ninguém
E são muitos os heróis
Que tocaram o fundo do "caldeirão" e do "inferno".
A fundura dos poços de Loriga
Mede-se com homens de coragem
Homens que a seu tempo
Desafiaram a rudeza da serra
E foram pastores, mineiros
Agricultores, operários
Homens de saber
Ou gente apenas.
Em Loriga os homens nascem marinheiros
E navegam bem cedo os barcos de "carcódoa"
Ladeando-os rego abaixo
Em incessantes correrias
Por ruas e quelhas
Horas a fio
Contrariando o cansaço.
A grandeza dos que partiram
Mede-se na saudade
E no irresistível desejo de voltar a mirá-la lá do alto
Olhos desmesuradamente espantados
Como se fosse a primeira vez
E senti-la incrivelmente bela
Serenamente ajoelhada na ribeira
Enquanto os miúdos dinqueiros
Secam estirados ao sol
Sobre as fragas roliças
De granito polido.
Photo e poesia
José Manuel Alves
CÉU DE FOGO
Céu de Fogo
Os céus inflamam-se
Numa multiplicidade de labaredas encarniçadas.
As nuvens ardem de ansiedade
Atiçadas Pelo crepúsculo do Poente.
Cobriu-se o dia de sombras envergonhadas
Dançando como fantasmas espantados
Em redor da fogueira incongruente.
Morreu a tarde ensolarada
Enfeitou-se de urzes escarlatina
Nas asas dos moinhos lá no fundo
Sobre o fascínio dos montes escarpados
Como tentando erguer-se, moribundos
Sobre a magia da dor que se amotina
Pinto os meus versos de vermelhos
Escurecidos e apagados no horizonte
Com rimas afogueadas de sede
Ruborizadas de luzes
Enlouquecidas de serenidade.
As minhas horas, os meus séculos
São a eternidade deste por de sol
Numa sinfonia infinita
Escrita numa partitura de luz
Que me encanta e seduz
No estertor do dia que se fina.
Photo e poesia: José Manuel Alves
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Loriga - Ponte
A PONTE É UMA JANELA
A ponte é uma janela
E através dela
Verei á noite o luar.
Tornou-se a montanha pequenina
Descanso de ave peregrina
Ajustada ao horizonte do meu olhar.
A Ponte é a minha janela
E depois dela
Um caminho de águas a brilhar.
Lágrimas copiosas bendizendo
Em cada fraga que galgam, escrevendo
Uma novena de paz no meu olhar.
A Ponte será sempre uma janela
E através dela
Espreito à noitinha o luar
Sobre aquela montanha pequenina
Nas asas de uma ave peregrina
Enchendo de serenidade o meu olhar.
Photo e Poesia: José Manuel Alves
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