PENSAMENTOS E IRONIAS DE UM BURRO
Não me levanto cedo!
Não corro apressado
Para o trabalho
Pelo atalho das avenidas
Pejadas de gente
Cansada e Sonolenta
Para ganhar uns tostões
Com que pagar os milhões
De obrigações
De uma vida de faz de conta.
E ainda me chamam burro?
Não sou eu que vivo empilhado nas cidades
Cansado das modernanças
Dos políticos, das finanças
Do ar irrespirável
Ou odiando
O condutor embriagado
Que pela manhã se lembrou
De atropelar a vida de um cão
Da incógnita e atónita dama empertigada
Mal equilibrada nos seus saltos altos de senhora fina
Que desatina enquanto exibe
A sua nova expressão de morta
Na cara torta
Que o cirurgião lhe arranjou
Com desconto.
“O Burro sou Eu?”
“O Burro sou eu?”
Perante o meu enigmático encolher de ombros
Chegou mais perto...
Abriu-se num sorriso
E disse com ar prazenteiro:
(Aqui pra nós)
Gozasse eu dos favores
Que têm certos senhores
Até seria engenheiro
Não me levanto cedo!
Não corro apressado
Para o trabalho
Pelo atalho das avenidas
Pejadas de gente
Cansada e Sonolenta
Para ganhar uns tostões
Com que pagar os milhões
De obrigações
De uma vida de faz de conta.
E ainda me chamam burro?
Não sou eu que vivo empilhado nas cidades
Cansado das modernanças
Dos políticos, das finanças
Do ar irrespirável
Ou odiando
O condutor embriagado
Que pela manhã se lembrou
De atropelar a vida de um cão
Da incógnita e atónita dama empertigada
Mal equilibrada nos seus saltos altos de senhora fina
Que desatina enquanto exibe
A sua nova expressão de morta
Na cara torta
Que o cirurgião lhe arranjou
Com desconto.
“O Burro sou Eu?”
“O Burro sou eu?”
Perante o meu enigmático encolher de ombros
Chegou mais perto...
Abriu-se num sorriso
E disse com ar prazenteiro:
(Aqui pra nós)
Gozasse eu dos favores
Que têm certos senhores
Até seria engenheiro
Photo e poesia by: José Manuel Alves
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