VIDA
No limiar do teu rosto de menina
Crescem teus olhos prenhes de paisagem
Os teus seios como aves de rapina
Arfam plenos de beleza e de coragem
Nos teus lábios nascem beijos que embriagam
Quando o meu corpo no teu corpo se deleita
Os teus braços são rios que me afagam
E se espraiam na madrugada que te espreita
Como um barco sem leme, naufragado
Na tempestade do teu sangue me desfiz
E despejei no teu orgasmo inesperado
A semente do filho que te fiz.
Misteriosa magia, doce cântico
Embalam teu corpo desfalecido
Que de tanto amar se deu, de tão romântico
Restou nos meus braços, nu, adormecido.
Autor poesia/Photo: José Manuel Alves
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