FONTÃO
Pérola perdida
No silêncio da serra
Ali…
Onde o xisto se ergue majestoso
Nas formas irrequietas
Das casas do caminho.
A natureza é a única rainha
Que de verde se refresca
Nas calmas águas
Que correm no ribeiro e nos campos.
O vento agitando as folhas
No Barbo dos Lobos
É a única melodia que se escuta
Como um grito plangente
Do progresso que morreu
Cansado que estava
De galgar socalcos verdejantes e soalheiros.
Fui ao Fontão e voltei!
Mas deixei lá plantado o meu olhar de tristeza
Deambulando pelo passado esquecido
Escrito em dias de glória
Quando o risos das crianças
Ainda se ouviam
Pelos becos e ruas estreitas
Desenhadas em socalcos
Na lógica inventiva do povo simples.
Fui ao Fontão e voltei apaixonado
Pela beleza pura das aldeias da nossa terra.
Autor: José Manuel Alves
Sem comentários:
Enviar um comentário