SILHUETA
Sombras gotejam do dia em declínio
Embaciando de negro
O suave arredondado da acalmia das águas
Meus olhos perdem-se na silhueta!
Escultura sinuosa de formas soltas
Desenhadas na contra-luz
Saboreio lentamente o horizonte
Numa exuberância lasciva
Como um vulcão de desejo
Como um vulcão invertido
Explodindo dos céus.
Somo as horas
Indiferente ao Outono
E à silhueta de tranças desgrenhadas
Teimosamente esculpida
Na sensibilidade do meu olhar.
Photo e poesia: José Manuel Alves
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