A neve
Fria e gélida
Alva e imaculada
Cobrindo o chão de beleza.
Renascendo da fúria invernal
Nuvens expandidas
Erguem-se no horizonte
Erguem-se no horizonte
sopradas pelo vento norte
Numa vontade incontida
De ressuscitar o sol açaimado
Num Inverno latente.
Neve é beleza
Candura e realeza
Despontar de rostos espantados
No alongar do gelo quebradiço
Nas águas afogadas
Navegando como pequenos barcos
Definhando até ao nada.
Olho e reflicto
Lentes embaciadas
Mas convicto
Que basta apenas ser sensível
E de certeza....
Plantamos aqui o coração
Até florir, na Natureza.
photo e poesia: José Manuel Alves
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