CAVALGADA
No cavalgar dos meus segredos
Como pincel movido pelos teus dedos
Num universo de cores.
Amores e desamores
Deixam saudades
Espadas vivas de ansiedade!
Num galopar de verdades virtualizadas
Segues agora apressada
Égua a esmo
Num caminho de silêncio soturno
Onde a Primavera cansada dorme na valeta
Mentindo à dor que a acorrenta.
Nas grades das prisões atormentadas
Nem os verdes olhos brilham de esperança
E só os tons amarelecidos pela Invernia
Emolduram o persistente esmorecer
Das cores vivas dos prados
Dos cavalos inventados
Sobre as lezírias outrora verdejantes.
Mas, de quadros nada te direi
De quadros nada sei
Apenas adoro
A liberdade de cavalgar a toda a brida
Num caminho de consciências insubmissas.
Autor: José Manuel Alves